sábado, 5 de julho de 2008

A GREVE DOS EDUCADORES DE SÃO GONÇALO








D. Ivone Reis:
"Quero escola
boa para o meu
neto e exijo
que respeitem os professores"


Os educadores de São Gonçalo promoveram, em 2 de julho, o enterro simbólico da prefeita Aparecida Panisset e, em assembléia, mantiveram a greve da rede de ensino da cidade.
Mais uma vez, como acontece desde o início da greve há mais de 60 dias, os profissionais da educação de São Gonçalo voltaram às ruas para protestar contra o descaso e o desrespeito do governo municipal.

A passeata, em clima de cortejo fúnebre, saiu da Praça Zé Garoto e parou na porta da prefeitura onde os profissionais colocaram um caixão preto simbolizando o enterro da prefeita Aparecida Panisset.
De lá, seguiram até a Escola Presidente Castelo Branco onde instalaram a assembléia que votou a continuação da greve.
Participando de tudo, estavam algumas mães de alunos e a D. Ivone Reis, de 68 anos, avó de um aluno da 8ª série de uma escola da rede.
Para D. Ivone, que com outras mães, participou na semana anterior de uma reunião com o secretário de governo, Sr. Paiva, os profissionais estão certos e tem mesmo é que protestar.
Indagada sobre o que achou da reunião com o secretário, a vovó Ivone respondeu:
“Achei uma pouca vergonha do secretário e da advogada da prefeitura. Estou do lado dos professores e achei feio o secretário se recusar a permitir que a professora Alice participasse da reunião com a gente. Só depois que nos recusamos a conversar com eles sem a presença da professora, eles a deixaram entrar.
Achei pior ainda, a pressão que fizeram para que a professora Alice, naquele momento, aceitasse a proposta do governo a revelia de seus colegas de profissão.
Não aceito a conversa da tal advogada de que a prefeita está reformando as praças para as crianças brincar por que praça não substitui as escolas."

















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